sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Observe para aprender



Você comentará falhas alheias, sem resultado edificante, e se fará dilapidador das fraquezas do próximo.

Você censurará o vizinho, sem lhe retificar a posição, e se converterá em juiz impiedoso das vicissitudes dos outros.

Você discutirá as imperfeições do amigo, sem lhe modificar a situação moral, e se transformará em algoz de quem já é vitima de si mesmo.

Você debaterá problemas dos conhecidos, sem os solucionar, e se tornará leviano examinador das causas que lhe não pertencem.

Você exporá feridas do caráter das pessoas, sem as medicar, e se situará na condição de enfermeiro negligente em doenças a que lhe não cabe oferecer assistência.

Cale o verbo que não ajuda, observe e sirva.

Você caminha sob a mesma ameaça. Os outros observam-no também.

Deixe que a tentação da censura morra asfixiada no algodão do silêncio.

Ninguém é infeliz por prazer.

Os que mais erram são doentes contumazes que requerem o medicamento fraterno da prece e do entendimento.

O comentário improdutivo é gás que asfixia as plantas da esperança alheia.

Sua censura é espinho na alma do vizinho.

A exposição dos insucessos do próximo é estilete a ferir-lhe a chaga aberta.

Recorde o Mestre e examine-se.

Sua ascensão apoia-se na ascensão dos companheiros.

A queda de alguém é embaraço em seu caminho.

Auxilie sem exigência e indistintamente.

Permita ao grande tempo a tarefa de corrigir e educar. Confira a você mesmo o impositivo somente de ajudar.

Marco Prisco
Livro: Glossário Espírita-Cristão - Divaldo Pereira Franco





2 comentários:

  1. " (...) Permita ao grande tempo a tarefa de corrigir e educar. "

    Interesante lembrar coisas que no passado ( nem sempre tão distante assim), faziam sofrer, hoje tornaram-se apenas emblemas de uma época em que era necessário passar por tal provação, para estar numa codição de maior força e sensatez!
    Acho que a vida sendo mostrada sob as formas de dor e alegria, fazem o home de bem. Mas aquele que transcende as dificuldades com o tempo, torna-se, com toda certeza, digno da confiança de si mesmo sobre o mundo à sua volta, sobre suas ações para com o outro.

    Nem sempre certas coisas nos acontecem como de fato almejamos, mas é muito mais interessante saber dar valor àquelas outras coisas boas que só o tempo consegue trazer. Dar tempo ao tempo não é abster-se, é aprender a enchergar o que de Bom o destino reserva-nos. O que de fato, traz a aquela tal comodidade. Até porque, se ninguém é infeliz por prazer, Certamente não somos capazes de ser felizes à tôa!
    E o tempo mostra isso muito bem!!

    Abraço, e obrigada pelo post de hoje!

    Fique com Deus, Fernanda!

    =)

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  2. Olá Lívia!! Sempre é um prazer ler suas palavras que vêm como brisa tocar nossas almas.

    Relendo este texto e suas palavras, lembrei-me de um belíssimo livro que vem ao encontro dessa reflexão: A IRMANDADE DE TODAS AS COISAS, por Severino Antônio.

    De maneira simples e poética, o autor tem uma grande sensibilidade ao escrever sobre o assunto, e evidencia que tudo no mundo está interligado, que somos responsáveis por tudo e por todos, que formamos uma corrente, que se tem um elo perdido, ela toda está comprometida.

    "Enquanto não propiciarmos a cada criança o pão e o teto, não podemos ser chamados de humanidade" Janusz Korczak

    Grande abraço!!! Fique com Deus querida Lívia!

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