O oceano das ilusões

Somos chamados todos os dias a vislumbrar a luz da consciência que bate à nossa porta, mas inúmeras vezes não nos damos conta disso, devido ao véu que cobre nossos olhos. Véu criado por nossas mentes treinadas e acostumadas por nós mesmos a verem apenas o lado material de todas as coisas.

Vivemos no oceano das ilusões.

Assim, os dias de nossas vidas passam. Passam depressa. Muitos e muitos irmãos já relataram a tristeza que sentiam quando se deparavam com a hora próxima à morte do corpo físico, e só ali, sem tempo mais para viverem como encarnados, percebiam que durante anos a fio nunca chegaram perto de conhecer a vida como ela é e, muito menos, aprender a viver de verdade.

No ocenao das ilusões ou na Caverna de Platão, as coisas simplesmente acontecem e não são percebidas. O dia nasce, os pássaros cantam, as flores brilham em diversas e vivas cores, das quais nunca poderíamos criar em nossas mentes, os amigos nos solicitam carinho e amparo, o nosso íntimo pede um pouco de reflexão e espiritualidade, porém não há tempo, não há espaço em uma agenda lotada. Então, protelar é, sem dúvida, a melhor solução.

Se o filho requer nossa mínima atenção, a desculpa é a falta de tempo. Se o companheiro, amigo, parente, irmão precisa de uma conversa, a desculpa é a mesma.

Precisamos urgentemente nos preparar para o leito da morte de nosso corpo físico. Com certeza, este dia chegará! É necessário que pensemos mais nisto, pois, desta maneira,  poderemos refletir com mais cautela diante de nossas atitudes.

Finalizar o ciclo de uma encarnação pouco aproveitada é, no mínimo, deprimente. Devemos fazer o nosso máximo para fechar os olhos para a vida terrestre e abri-los no plano espiritual com a sensação de que tudo foi feito da melhor forma possível, que aproveitamos a chance de toda uma encarnação com agradecimentos, ajuda ao próximo, felicitações, vencendo obstáculos, com alegria e amor.

Como diria um amigo: “Quando o tempo chegar, em que eu olhar para minha mão e perceber que o tempo passou, deverei olhar para trás e constatar que muito fiz ao que, em meu alcance, era possível, e ter alegria para fazer enquanto puder sentir nas minhas mãos a força da vontade de ser melhor.”

Neste planeta de provas e expiações, não nos disseram que a vida seria um mar de rosas, mas não nos disseram para vivermos em uma vida de ilusões. Que façamos nosso possível, com muita vontade, para ver além do que nosso limitado olhar nos permite enxergar. Emergir para a luz da consciência moral e espiritual!

Grande abraço!
Fernanda
 
Agradecimento especial aos amigos Edson e Simone, que permitem, a qualquer um que deseje, entrar em profunda reflexão após uma agradável conversa.