quarta-feira, 6 de abril de 2011

Na sementeira da fé



Para que possamos movimentar a fé no plano exterior, é indispensável venhamos a possuí-la, ainda mesmo na diminuta proporção de uma semente de mostarda, no solo do próprio espírito.

É necessário arrotear a terra seca e empedrada de nosso mundo interior para ambientar no coração essa planta divina.

A vida é qual fazenda valiosa de que somos usufrutuários felizes; mas não podemos aprimora-la ou enriquece-la, confiando-nos à preguiça ou à distração.

O proprietário da vinha não cederia ao lavrador uma enxada com destino à ferrugem.

A gleba das possibilidades humanas, em nossas mãos, reclama trabalho incessante.

Imperioso arredar do campo da própria alma, os calhaus da indiferença e drenar, na vasta extensão de nossos desejos, os charcos possíveis da ociosidade e do desânimo.

Serpes traiçoeiras e vermes daninhos ameaçam-nos a sementeira de elevação, por todos os lados, e detritos de variada natureza tentam sufocar instintivamente os nossos pequeninos impulsos para o bem.

Necessário alterar a paisagem de nossa vida íntima, para que a fé viva nasça e se desenvolva em nossos destinos, por gradativo investimento de força transformadora e criativa, dotando-nos de abençoadas energias para as nossas realizações de ordem superior.

"Se tiveres fé no simples tamanho dum grão de mostarda” – disse-nos o Senhor – “adquirireis o poder de transportar montanhas.”

Aproveitemos a luta e a dificuldade que a experiência nos oferece, cada dia, e habilitar-nos-emos a converter as sombras da antiga animalidade, que muitas vezes ainda nos domina, em luz da espiritualidade santificante para a nossa ascensão à vida excelsa.

“Colaboremos no bem comum, sem alardear notas de superioridade perturbadora”.

Emmanuel
Livro: Assim Vencerás - Francisco Cândido Xavier



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